Eles já falsificaram de tudo, de eletrônicos a remédios. Mas agora as fábricas chinesas piratas apresentam sua nova invenção:
O ovo que não é ovo.
Você está andando pela rua, passa por um vendedor a oferta: ovos pela metade do preço. Compra uma dúzia, leva pra casa e põe na geladeira. A surpresa acontece quando vai prepará-los. Não são ovos de verdade. São ovos falsificados: uma mistura de gelatina, resina, parafina, gesso, corantes e outras substâncias, que engana o olhar, mas não o paladar - ao colocar o ovo na panela, surge um odor de produto químico sugerindo que aquilo não é comestível. Se mesmo assim alguém comer o ovo, corre risco de saúde - pois ele contém um ingrediente perigoso, óxido de alumínio. "Ele pode causar retardamento Mental", afirma nutricionista Vivian Regasso. A universidade do Sul da China também estudou os ovos falsos e constatou que seu consumo pode gerar danos neurológicos.
A venda de ovos químicos é um golpe típico do Sul da China - tão lucrativa que existem até DVD's piratas ensinando a fazer o produto. Só na primeira metade do ano passado, foram registrados 15 Mil casos de violação das leis de segurança alimentar do país, que vive uma epidemia de comida falsa ou adulterada. Tudo porque, na China, o trabalho humano é incrivelmente barato - mais barato do que o das galinhas.
A venda de ovos químicos é um golpe típico do Sul da China - tão lucrativa que existem até DVD's piratas ensinando a fazer o produto. Só na primeira metade do ano passado, foram registrados 15 Mil casos de violação das leis de segurança alimentar do país, que vive uma epidemia de comida falsa ou adulterada. Tudo porque, na China, o trabalho humano é incrivelmente barato - mais barato do que o das galinhas.
A trapaça vai além de ovos químicos. Nos últimos anos, uma fórmula de leite em pó adulterada com melanina (uma espécie de plástico) matou pelo menos seis bebês na China e deixou centenas hospitalizados. Também houve um caso em que melancias começaram a explodir. Motivo: para produzir - e ganhar - mais, agricultores chineses estavam usando florclorfenurão, um produto químico que acelera o crescimento vegetal.
Fonte: Revista Super Interessante Nº 317 - Texto: Janaína Silveira, de Pequim.
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Fonte: Revista Super Interessante Nº 317 - Texto: Janaína Silveira, de Pequim.